Monday, August 13, 2007

Defender a Família

A família, baluarte principal face aos múltiplos assaltos à liberdade do 'Nanny State', está a sofrer ataques de todos os quadrantes, e por vezes donde menos se espera. Este artigo de Claudio Téllez apareceu inicialmente no seu blogue.

http://http://www.claudiotellez.org/blog/?p=33

Família

por Claudio Téllez

Ontem, passeando pela vizinhança, vi uma menininha de uns cinco anos segurando a mão do pai. Ela era muito parecida com a Evelyn quando tinha cinco anos (não, eu não conheci a Evelyn nessa idade, mas já vi fotos - é bom esclarecer antes que pensem mal de mim).

A imagem da menininha segurando a mão do pai foi muito significativa. Lembrei de quando eu tinha cinco anos e de quando eu segurava a mão do meu pai. Ou do meu avô. Ou da minha mãe. Percebi, então, que estava diante de um exemplo concreto do papel fundamental da família na constituição de qualquer sociedade que se pretenda minimamente civilizada.

Não há possibilidade de trocas de qualquer espécie se não há confiança. Não há confiança se não temos, quando ainda não somos capazes de sobreviver pelos nossos meios, alguém em quem acreditar. Esses são os nossos pais, nossa família. Uma criança de cinco anos que segura a mão de seu pai sente-se amada, sente-se protegida, sente-se segura. Ela crescerá sabendo cultivar valores como confiança e honestidade, que são nucleares para uma sociedade livre, próspera e virtuosa.

Qualquer construção teórica ocidental que pretenda ser minimamente “moral” ou carregar no título a palavra “ética” não pode ao mesmo tempo defender o direito dos pais de abandonarem seus filhos. Por incrível que pareça, há muitos adeptos dessa ideologia perversa - que é tão ou talvez mesmo mais perversa do que a ideologia socialista.

Lamento que os pais desses indivíduos não tenham exercido a tempo esse “direito” que seus filhos tanto defendem…

Wednesday, August 08, 2007

NÃO EXISTEM HOMOSSEXUAIS

Luís Afonso A. Assumpção chama atenção para este notável texto, publicado em:

São Paulo, quarta-feira, 08 de agosto de 2007


da autoria de:

JOÃO PEREIRA COUTINHO

Não existem homossexuais

Acreditar que um adjetivo se converte em substantivo é uma forma de
moralismo pela via errada
NÃO CONHEÇO homossexuais. Nem um para mostrar. Amigos meus dizem que
existem. Outros dizem que são. Eu coço a cabeça e investigo: dois olhos,
duas mãos, duas pernas. Um ser humano como outro qualquer. Mas eles recusam pertencer ao único gênero que interessa, o humano. E falam do “homossexual” como algumas crianças falam de fadas ou duendes. Mas os homossexuais existem?

A desconfiança deve ser atribuída a um insuspeito na matéria. Falo de Gore
Vidal, que roubou o conceito a outro, Tennessee Williams: “homossexual” é
adjetivo, não substantivo. Concordo, subscrevo. Não existe o “homossexual”.
Existem atos homossexuais. E atos heterossexuais. Eu próprio, confesso, sou
culpado de praticar os segundos (menos do que gostaria, é certo). E parte da humanidade pratica os primeiros. Mas acreditar que um adjetivo se converte em substantivo é uma forma de moralismo pela via errada. É elevar o sexo a condição identitária. Sou como ser humano o que faço na minha cama.

Aberrante, não?
Uns anos atrás, aliás, comprei brigas feias na imprensa portuguesa por
afirmar o óbvio: ter orgulho da sexualidade é como ter orgulho da cor da
pele. Ilógico. Se a orientação sexual é um fato tão natural como a
pigmentação dermatológica, não há nada de que ter orgulho. Podemos sentir
orgulho da carreira que fomos construindo: do livro que escrevemos, da
música que compusemos. O orgulho pressupõe mérito. E o mérito pressupõe
escolha. Na sexualidade, não há escolha.

Infelizmente, o mundo não concorda. Os homossexuais existem e, mais, existe uma forma de vida gay com sua literatura, sua arte. Seu cinema. O Festival de Veneza, por exemplo, pretende instituir um Leão Queer para o melhor filme gay em concurso. Não é caso único. Berlim já tem um prêmio semelhante há duas décadas. É o Teddy Award.

Estranho. Olhando para a história da arte ocidental, é possível divisar
obras que versaram sobre o amor entre pessoas do mesmo sexo. A arte
greco-latina surge dominada por essa pulsão homoerótica. Mas só um
analfabeto fala em “arte grega gay” ou “arte romana gay”. E desconfio que o
imperador Adriano se sentiria abismado se as estátuas de Antínoo, que mandou espalhar por Roma, fossem classificadas como exemplares de “estatuária gay”.

A arte não tem gênero. Tem talento ou falta de.
E, já agora, tem bom senso ou falta de. Definir uma obra de arte pela
orientação sexual dos personagens retratados não é apenas um caso de
filistinismo cultural. É encerrar um quadro, um livro ou um filme no gueto
ideológico das patrulhas. Exatamente como acontece com as próprias
patrulhas, que transformam um fato natural em programa de exclusão. De
auto-exclusão.

Eu, se fosse “homossexual”, sentiria certa ofensa se reduzissem a minha
personalidade à inclinação (simbólica) do meu pênis. Mas eu prometo
perguntar a um “homossexual” verdadeiro o que ele pensa sobre o assunto,
caso eu consiga encontrar um no planeta Terra.

_______________________
Luís Afonso A. Assumpção Nadando contra a Maré Vermelha
luis.afonso@gmail.com


Sunday, July 22, 2007

NOVIDADE

UM NOVO SITE

Os meus caríssimos leitores são convidados a visitar o meu novo site:

PORTOLANI REDUX

Este site será dedicado exclusivamente a assuntos relacionados com o
que na anglosfera se chama 'Gender Studies', e assuntos relacionados como
a legislação sobre o aborto, o casamento, a adopção e a família. Os textos
são inspirados por uma óptica estritamente liberal e sociológica, sem recurso à argumentação religiosa. Numa sociedade pluralista é ainda mais importante distinguir entre o científico e o sagrado. Presume-se sempre que todas as pessoas instruidas serão sensíveis a argumentos científicos. Onde existe uma pluralidade de confissões, ou nenhuma, torna-se difícil argumentar num espaço aberto sem bases comuns. Quanto aos leitores católicos, aconselha-se a leitura dos textos do Papa Bento XVI sobre a necessidade de distinguir o científico do divino. Os comentaristas, evidentemente, estão inteiramente livres a esse respeito. Se eles quizerem empregar argumentos religiosos, não haverá da minha parte qualquer oposição tipo jacobino.

Agradeço a todos os comentaristas que mostraram interesse pelos meus textos. Aos outros só posso desejar ainda mais divertimento com a leitura de PORTOLANI REDUX.

Thursday, July 19, 2007

UM TSUNAMI LEVA SEMPRE LIXO À COSTA


Imaturidade e provincianismo

Depois de avisada por vários amigos da tal explosiva situação na blogosfera, resolvi ontem à noite pesquisar, pela primeira vez, o meu nome na máquina de procura do Google. Fiquei deveras impressionada. Primeiro, pela inesperada e gratuita publicidade aos meus blogues, favor que agradeço. Segundo pela singular imaturidade de muitos intervenientes no tal ‘caso explosivo’. Terceiro pelo marcado provincianismo manifestado. Então ficaram surpresos que uma pessoa da minha idade soubesse lidar com ‘a moderna tecnologia’? Não duvido que a informática seja uma novidade para essa gente. Mas é um bocadinho demais não saberem que já nos anos 70 havia aulas de Introdução à Informática nas escolas secundárias inglesas. Realmente não percebem que Portugal é um país ainda bastante atrasado. Se calhar pensam que foram os portugueses que inventaram o computador! Para a informação dessa gentinha, eu fui um dos professores dessas aulas. A única razão de aparecer tão tarde (2006) na blogosfera foi a falta da banda larga na zona da minha residência (outro atraso nacional!)

Os jovens, menos instruídos, sempre pensam que foram os primeiros a descobrir o mundo. Como o ensino da Aritmética e também da História é tão deficiente nos nossos dias, talvez fosse relevante recordar-lhes que os meus mais de 60 anos de vida adulta, representam mais 60 do que tem hoje uma pessoa com vinte anos; e três vezes mais do que têm de vida adulta uma pessoa com quarenta. Proporcionalmente mais, também, de livros lidos, de filmes vistos, de música ouvida e de pessoas conhecidas, etc. Portanto, era bom não tentarem ‘ensinar rezar o padre-nosso ao vigário’ ou, como dizem grosseiramente os americanos: ‘Don’t try to teach your grandmother to suck eggs!’

Para os idosos que viveram cortados do mundo real e da ‘seamy side of life’ talvez os anos não contam em matéria de experiência. Não foi o meu caso. Com 19 anos, como instrutora de recrutas na tropa inglesa, tive que examinar, por semana, quarenta cabeças e corpos para detectar as anoplura (pediculus humanus capitis phthirus pubis e pediculus humanus humanus, ) assim como possíveis sinais de doenças.

Os britânicos chamados ao serviço militar, nesses anos de guerra e de bombardeamentos, muitas vezes vinham de uma vida civil passada nos abrigos antiaéreos. Tal foi a destruição em Londres que centenas de milhares viviam nas estações do metro, situação que durou até alguns anos depois de acabar a guerra.

Essa vida de promiscuidade e falta de higiene teve as suas consequências: mais de 50 por cento das raparigas que chegavam da vida civil aos quartéis estavam infestadas com os diversos tipos de piolhos. Com os jovens homens britânicos ausentes e a passagem pela Grã-Bretanha de quatro milhões de americanos e canadianos, também jovens e longe das suas terras, era uma primeira necessidade informar a população dos problemas sanitários e os riscos dos contactos sexuais promíscuos. Assim, com essa tenra idade eu tive que frequentar cursos na matéria e transmitir os meus conhecimentos às recrutas.

Conto estes pormenores do meu currículo para elucidar esses idiotas e malcriados que pensavam chocar uma qualquer senhora dondoca com as grosserias de costume. O propósito não foi atingido. Linguagem ordinária não é o monopólio dos portugueses. E as gargalhadas porcinas de adolescentes imbecis também encontrei em outras paragens.

Uma nota especial para as senhoras com gostos exóticos que também se manifestaram na recente polémica: naturalmente havia também dessas na tropa feminina e eu, pela forçada convivência com elas, aprendi a ter alguma pena da sua deficiência. Isto é, pena, enquanto não tentassem aliciar as mais desprotegidas.






Monday, July 16, 2007



AYAAN A GRANDE LUTADORA

Ayaan Hirsi Ali, autora de Infidel, Free Press, New York, 2007

Ayaan, filha de Hirsi que era filho de Magan: ainda em criança sabia recitar os nomes dos oito séculos de antepassados da linha paterna. Se não memorizava a bem, então era a mal e sempre às mãos da implacável avó. Lembra o Livro de Génesis e o recital dos descendentes dos patriarcas. Quando Ayaan conta a história da sua infância em Mogadishu na Somália e mais tarde na Arábia Saudita, na Etiópia e no Quénia, somos transportados para a época bíblica onde a tribo e o clã estão omnipresentes e a vida individual não conta. Apesar de haver camiões e carros, telefones e rádios, é um mundo muito distante do nosso.


É um mundo onde a mulher é totalmente subordinada ao homem; onde a sua virgindade é garantida com a faca através da mutilação genital em criança; onde é obrigada a casar com um homem escolhido pelo pai; onde uma palavra ou um olhar trocado com um homem que não seja pai ou irmão, pode trazer a pena de morte. Um mundo onde a mulher violada é castigada e não o violador. Um mundo onde as mulheres, desde uma tenra idade, terão que tapar o rosto e o resto do corpo, para não provocar os (aparentemente) incontroláveis apetites dos homens. Um mundo em que aprender os dogmas do Islão consiste em decorar o Alcorão em Árabe, muitas vezes sem conhecer essa língua.

Um mundo em que uma das doutrinas decoradas é do direito do marido de bater na mulher. Foi esse o mundo em que Ayaan cresceu. Ela conta tudo, com uma candura quase compulsiva, não omitindo nada. Conta os horrores, mas também as benesses, Lembra-se da tirania da família e do clã, mas também da solidariedade e generosidade deles em tempos difíceis. Fala da ternura dentro da família, ternura que, apesar, da crueldade, também existia.

Fala, sobretudo do pai que adorava, e que relativamente ao obscurantismo generalizado na Somália, era um homem moderno e esclarecido, e que queria que a filha tivesse acesso ao ensino. Ele não concordava com a mutilação genital das raparigas mas a avó, na ausência dele, obrigou a mãe a cumprir com a tradição.



Ler o artigo todo em Portolani Special

Friday, July 06, 2007

LICÕES DE UMA ‘POLÉMICA’- 2

A maior parte já conhecia, mas é sempre útil relembrar:

  1. Que há dois temas que excitam de sobremaneira a blogosfera portuguesa: Salazar e Sexo. Talvez seja porque as duas palavras começam com ‘S’, facto que causa frissons quase insuportáveis nas almas mais sensíveis.
  1. Que Educação Sexual é igual à perseguição e que os jovens devem ser protegidos desse tormento.
  1. Que tentar analisar os comportamentos do lobi ‘Gay’ é uma actuação fascista porque igual a reivindicar a sua criminalização.
  1. Que tentar analisar o salazarismo é igualmente uma actividade fascista. Não ficou claro se o antigo regime e o lobi ‘Gay’ são equiparáveis, mas há quem pensa que o lobi ‘gay’ e/ou a oposição à ele, são na realidade conspirações para restaurar o Estado Novo.
  1. Que há raças multi-colores, a vasta gama estendendo-se do preto ao branco. Essa raça chama-se o Islão e esta crença encontra-se muito espalhada entre os neocomunistas.
  1. Que criticar os islamistas é, portanto, uma atitude racista.
  1. Que a maioria dos adeptos do lobi ‘gay’ exibe uma extrema pudicícia, exceptuando, naturalmente, os que sofrem da doença de Tourette.
  1. Que só gente religiosa fala com indecente franqueza de certas actividades sexuais.
  1. Que resistir ao universo orweliano do ‘politicamente correcto’ e ‘Newspeak’é sinal certo de pertencer à Extrema-direita.
  2. Que é o ‘multi-sexual’ o que está a dar.

Wednesday, July 04, 2007

LIÇÕES DE UMA POLÉMICA

O que eu aprendi com os meus críticos

Pode-se perguntar se ‘polémica’ é a palavra exacta para designar o que se passou recentemente em O Insurgente e outros blogues quanto às minhas observações sobre saúde e sexo. Disse que não ia voltar a falar no assunto--- e não vou. Vou falar das reacções aos meus textos. Foram várias e, evidentemente, a maioria hostil. Sabendo que por cada comentarista existem mais de uma centena de leitores que não expressaram a sua posição, a hostilidade de uma pequena minoria não me surpreendeu, nem me impressionou.

De todas as reacções, a que mais me perturbou foi a das pessoas que disseram admirar a minha coragem. Agradeço e aprecio a admiração mas tenho que afirmar que não a mereço. Não senti coragem nenhuma. Só quem têm medo precisa de coragem. Agora o que acho perturbador é que há quem pensa que é preciso coragem para tocar em certos assuntos. É a total confirmação que existem poderosos tabus na nossa sociedade. Foi a mesma coisa com a questão de Salazar e o Estado Novo. Também com o fascismo islâmico. Nos tempos recentes estou constantemente a ser congratulada pela coragem. Não percebem o que isto quer dizer? Significa que existe muita gente já contagiada pela doença do ‘politicamente correcto’ e do ‘newspeak’. E esta doença, ao meu ver, é ainda mais grave do que as venéreas. Porque afecta toda uma sociedade.

Entre os hostis confirmou-se a existência em maior ou menor grau de outras doenças tanbém: nomeadamente tendências para a coprofilia, a coprolalia e a doença de Tourette. Nada disso me surpreendeu nem me preocupou. Problemas deles.

Ao nível político-social, porém, foi aflitivo notar o jacobinismo estridente e primitivo de muitos comentaristas. Queriam a todo o custo e sem qualquer evidência, que as minhas opiniões derivassem de posições morais ou religiosas. Como se isso fosse uma desqualificação. Como se moral e religião fossem palavras pejorativas. Como eu tinha que ser desqualificada inventaram culpas que não existem. Em vez de provar que as práticas citadas não provocam doenças, foram efectivamente os críticos que procuraram argumentos moralistas, reivindicando a bondade das suas praticas. Eu podia ter invocado a velha máxima inglesa de que ‘Cleanliness is next to godliness’. Não o fiz. Mas os meus críticos insistiram que o tinha feito. Faltando outros argumentos, sentiram a necessidade de erigir homens de palha. Outro homem de palha foi a acusação que eu reivindicava medidas coercivas contra os ‘gays’, que não é verdade. Outros alegaram que eu censurava comentários, que também não é verdade. Outros que eu me armava em vítima. Vítima de quê? Dos seus ousados e poderosos ataques? Qual o valor de argumentos baseados em patentes falsidades?

Ora bem, e para concluir, eu acho extremamente positivo que não haja censura, que as manifestações de ‘gay pride’ sejam toleradas, que os exibicionistas se assumem. O público precisa de conhecer a fealdade dos activistas gay em toda a sua crueza.

Oscar Wilde disse: ‘Quero lá saber o que as pessoas fazem em casa: o que não quero é que venham fazer para a rua e assustar os cavalos’. E o grande dramaturgo, como sabemos, era gay em todos os sentidos da palavra. A diferença entre Wilde e os seus epígonos é que ele era um homem educado.

Com o desaparecimento dos cavalos das nossas ruas, esse perigo já não existe. O que me preocupa a mim é a agenda política do ‘gay lobby’ e a sua declarada determinação de influenciar as crianças. Também me preocupa que, devido à sua política de ‘outing’, o ‘lobi gay’ exerce chantagem ao seu favor junto de políticos e personalidades influentes. Devido à aliança entre a extrema-esquerda e o lobi é óbvio que esta prática subverte a democracia e tem que ser combatida e desmascarada. É uma prática que foi muito usada pelos comunistas, tanto na URSS como fora dela. O que não precisamos agora é que haja novos praticantes da mesma infâmia. Quanto mais estas pessoas revelarem as suas verdadeiras características e propósitos, melhor para todos nós.

Saturday, June 30, 2007

VERDADES INCONVENIENTES

Sexualizing Everyday Life: from Mann and Nabokov to Sheik al-Hilaly

by Roger Sandall

Um novo artigo do antropólogo australiano Roger Sandall no Portolani Special. O autor desenvolve um comentário bastante relevante sobre as declarações do Sheikh Taj al-Din al-Hilaly. Recorda-se que este clerigo árabe provocou imensa indignação, não só na Australia onde reside, mas um pouco por todo o ocidente.quando pproclamou que as mulheres australianas, semi-vestidas passeavam como ‘exposed meat’.

Será que o clerigo muçulmano tinha alguma razão? Roger Sandal não tem papas na língua e diz o que muitos pensam mas não ousam dizer.

Friday, June 29, 2007

PEDIDOS DE ESCLARECIMENTO

Dirigidos aos leitores apressados

1. Agradecia aos comentaristas impulsivos que me indicassem exactamente aonde é que eu alguma vez recomendei, sugeri ou louvei medidas coercivas contra pessoas por causa das suas escolhas sexuais, ou outras.

É precisamente por acreditar no direito de escolher que acho que as pessoas, para o fazer, precisam de informações correctas em vez de folklore.

2.
Agradecia, também, que me indicassem onde é que eu fiz apelo a considerações morais ou religiosas. Pelo contrário, o início deste debate foi a minha intervenção junto de Pedro Sette Câmara n'O Insurgente sugerindo precisamente que os argumentos religiosos ou morais nesta questão eram menos apropriados devido à diversidade ou ausência de convicções nesse sentido de muita gente.

Será aqui uma questão de inatenção na leitura ou de functional illiteracy,
como dizem os pedagogos ingleses?

Wednesday, June 27, 2007

O PERIGO CRESCENTE DE UM IRÃO NUCLEAR


O MUNDO ESTÁ PERIGOSO

John Bolton, ex-Embaixador americano junto das Nações Unidos, fala sobre a falta duma política clara no Médio Oriente

Um artigo de Melanie Phillips

A voice in the wilderness

Not for the first time, John Bolton has spoken the plain truth about the parlous danger to the free world and its ever more supine failure to confront it. He has told the Jerusalem Post that time is running out over Iran and yet the US administration remains in deep denial, so much so that it is actively helping the enemy:

Sanctions and diplomacy have failed and it may be too late for internal opposition to oust the Islamist regime, leaving only military intervention to stop Iran’s drive to nuclear weapons, the US’s former ambassador to the UN, John Bolton, told The Jerusalem Post on Tuesday. Worse still, according to Ambassador Bolton, the Bush administration does not recognize the urgency of the hour and that the options are now limited to only the possibility of regime change from within or a last-resort military intervention, and it is still clinging to the dangerous and misguided belief that sanctions can be effective. As a consequence, Bolton said he was “very worried” about the well-being of Israel. If he were in Israel’s predicament, he said, ‘I’d be pushing the US very hard. I am pushing the US [administration] very hard, from the outside, in Washington…

‘The current approach of the Europeans and the Americans is not just doomed to failure, but dangerous,’ he said. ‘Dealing with [the Iranians] just gives them what they want, which is more time… We have fiddled away four years, in which Europe tried to persuade Iran to give up voluntarily,’ he complained. ‘Iran in those four years mastered uranium conversion from solid to gas and now enrichment to weapons grade… We lost four years to feckless European diplomacy and our options are very limited.’

Indeed. The realist lunatics have taken over the Washington asylum, siren voices are pushing for further appeasement of and ‘engagement’ with Iran and other Islamists, and President Bush appears to be paralysed. History will judge him not so much for the mistakes made in Iraq but for the much more fundamental failing—that he would not exercise the leadership required to back those in his administration who had courage and vision against those who preached defeatism and surrender. It’s always about character in the end — and in the end the consequences will now be so much more appalling.


Article printed by permision from Melanie Phillips’s Diary: URL to article: http://www.melaniephillips.com/diary/?p=1566

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QUESTÕES DE SAÚDE


Mais sobre comportamentos de risco

via O Insurgente

Questões de saúde são questões intimamente ligadas à política. Muitos dos comentários sobre o meu recente post referente a comportamento sexual e saúde mostram que a ignorância impera neste domínio. Alguns jovens, influenciáveis e analfabetos em questões de fisiologia, embarcam num caminho perigoso sem conhecer os riscos. O falso pudor da maioria é utilizado por activistas sem escrúpulos para promover, sem protesto, a sua agenda e o recrutamento de adeptos.

Estou habituada ao terrorismo verbal e, infelizmente, à estupidez. Quem teve alunos adolescentes conhece bem os sinais. Por conseguinte não fico demovida do meu propósito de tentar elucidar os ingénuos. Sei que para os outros não há remédio. Assim, quem quiser ter informações precisas e fundamentadas em investigações cientificas encontrará mais elementos num novo post de Portolani Special.

Tuesday, June 26, 2007

A IGNORÂNCIA MATA MESMO

A IGNORÂNCIA MATA MESMO

Meu comentário sobre o post ‘Bem no Alvo’ de Pedro Sete Câmara suscitou muita hilaridade e gargalhadas entre os tolinhos de costume.

Eles acham que não sei do que falo quando refiro as práticas insanitárias dos homossexuais como perigosas para a saúde. Acham que não queria também referir as mulheres que se livram (ou são forçadas) às mesmas práticas. (Evidentemente que, a fortiori, o sexo anal é igualmente, o mais, prejudicial para a mulher). Vamos aos meus credenciais para falar da questão em causa.

Comecei a interessar-me por este melindroso assunto quando um querido amigo meu e do meu marido, homossexual assumido, morreu com SIDA em 1985, um dos primeiros portugueses a ser atingido mortalmente. Ele, e outros bons amigos, também homossexuais, e terrivelmente impressionados com essa morte, então contaram-nos em chocante pormenor muitos detalhes sobre o seu estilo de vida. Foi assim que comecei a perceber pela primeira vez que estávamos a enfrentar um grave flagelo.

Mais tarde, quando observei as façanhas do ‘gay lobby’ e a sua tentativa de censurar a discussão, o meu interesse aumentou. E também, a minha indignação perante a irresponsabilidade criminosa tanto das autoridades como dos próprios adeptos do ‘gay lobby’. Mais tarde, lendo Michel Foucault e outros relativistas pós-modernos, percebi que fazia tudo parte de uma campanha bem orquestrada e proclamada para destruir a ‘sociedade burguesa’. O alcance político desta campanha merece tratamento separado. Por agora, em face do ‘negacionismo’ dos tais tolinhos, informo os meus leitores que está disponível no meu site Portolani Special um documento inteiro que trata em pormenor do problema médico-social.

Recomendo também a leitura de David Horowitz em: http://www.frontpagemag.com/Articles/ReadArticle.asp?ID=8272

O autor refere um capítulo do seu livro The Politics of Bad Faith, chamado:’A radical holocaust’ onde ele descreve a política seguida pelo ‘Gay Lobby’. Política essa que entre 1969 e 2003 matou 468,000 americanos, mais do que a Segunda Guerra Mundial, e que continua a matar 40 000 por ano, metade dos quais menores de 25 anos.

Caso para rir, não é?

Sunday, June 17, 2007

OS FILISTEUS E ISRAEL


OS INSISTENTES ECOS DA HISTÓRIA

(Via O Insurgente)

Filisteus e Israel
The contemporary fight against anti-semitism

O Times Online publicou no dia 14 deste mês um artigo, com este título, de grande interesse, sobre a questão do boicote contra as universidades de Israel, boicote votado por uma minúscula minoria dos universitários britânicos. Minúscula, sim. Constituida por elementos da esquerda bronca e dura, sim. Mas o boicote foi decidido em nome dos muitos milhares de sócios que não se deram ao trabalho de assistir à reunião. O artigo, escrito por dois professores de eminência incontestável, discute o que é o anti-semitismo hoje. Recomenda-se a leitura e recomenda-se também a cuidadosa leitura dos mais de cem comentários. Os comentários em jornais britânicos ‘de qualidade’ como o Telegraph e o Times são bastante elucidativos, não só pelas opiniões registadas.

O meu propósito aqui não é de tratar da questão substantiva. Já o tenho feito em outros lugares. Queria hoje falar na reflexão que me veio ao espírito ao ler esta matéria.

O que mais choca é o baixo nível tanto de raciocínio como de conhecimento histórico, sem falar dos erros gramaticais e ortográficos, de alguns dos leitores. Antigamente quem lia estes jornais era suposto ter um certo nível de cultura. Hoje, lamentavelmente, muitos são filisteus. Filisteus! Eis o ponto a que queria chegar. Esta expressão, antes bastante utilizada para classificar o vulgar, o inculto, o bruto e o ignorante, é menos empregada hoje. Talvez porque a vulgaridade, a incultura, a brutalidade e a ignorância são características tão generalizadas na nossa sociedade que deixaram de ser notadas e tornaram-se aceites. Mas, afinal, donde vem a expressão ‘filisteu’?

Quem conhece alguma coisa do Antigo Testamento sabe que houve um povo, supostamente vindo dos lados da Creta, que invadiu a costa do território que mais tarde veio a chamar-se Palestina, e entrou numa feroz luta contra os israelitas. A Bíblia descreve este povo, os filisteus, como rude, inculto e violento. Mais tarde os gregos transformaram o nome da terra invadida pelos filisteus em Palestina e os filisteus em palestinianos.
A má fama, porém, persistiu ao longo dos séculos e dos milénios. A palavra filisteu ficou no nosso vocabulãrio como ficaram vândalo, ou huno. Foi ressuscitada em meados do século XIX nas ‘culture wars’ da altura, principalmente entre universitários alemães. Nessa altura havia quem criticasse fervorosamente o avanço da ciência e da indústria como inimigas da alta cultura. A classe média em ascensão, a detestada burguesia, era vista como porta-bandeira da ofensiva anti-cultura. Empenhando-se na ciência e na indústria, os burgueses eram vistos como filisteus. A etiqueta ficou e durante a maior parte do século vinte, no mundo anglo-americano especialmente, os intelectuais, da esquerda ou da direita, habituaram-se a classificar os anti-intelectuais como filisteus.

Hoje o círculo fechou-se. Ligamos a televisão e lá estão eles, os filisteus de novo empenhados em pilhar e destruir. E os seus defensores, que não percebem nada do assunto, aí estão também alegremente a aplaudir.

Saturday, June 16, 2007

O ANTI-SEMITISMO COMO DOENÇA DA ALMA

VINTE CONSIDERAÇÕES SOBRE UMA DOENÇA DA ALMA

O anti-semitismo como defeito moral e intelectual

TWENTY PROPOSITIONS ABOUT A DISEASE OF THE SOUL

Anti-semitism as a moral and intellectual deficiency

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Publicado primeiro em O INSURGENTE do 25 de Abril de 2007

First published in O INSURGENTE on April 25, 2007

Now available here with English translation in Portolani Special

Thursday, June 14, 2007

ANALISAR O ANTI-SEMITISMO

A GUERRA CONTRA OS JUDEUS

Este é o 5º artigo numa série em que Melanie Phillips analisa a natureza do anti-semitismo. A sua leitura é recomendada. Andam por aí muitos cripto-antisemitas que, com argumentos convolutos, justificam o injustificável. Um dos sinais infalíveis é a notável preferência para criticar os israelitas e ignorar os crimes dos palestinianos. E sempre, sempre muitas mentiras sobre Israel, desde a invenção dum 'apartheid israelita' e esconder que há árabes no parlamento de Israel e combatentes árabes nas suas forças armadas até a repetição dos delírios de um Koestler sobre os Ashkenazis. Este último assunto será tratado num próximo texto.


THE WAR AGAINST THE JEWS (5)

The most contentious element of the argument against the academic boycott of Israel by Anthony Julius and Alan Dershowitz in today’s Times (read the longer version here) is that the boycott is ‘antisemitic’. While I agree that the boycott is indeed an example of Jew-hatred, some of their arguments struck me as rather weak and thus counter-productive. For example, just because boycotts of Jews have indeed been part and parcel of historic antisemitism does not itself prove —as the authors suggest — that this one must therefore be antisemitic, particularly since it is targeted at Israelis rather than Jews as a racial or ethnic group. Indeed, the problem with using the word ‘antisemitism’ is precisely that it is associated with prejudice against Jews specifically as a religious or racial group. So people do not accept that the malice against Israel is anti-Jew — or, indeed, that it is malice at all —because it is against a state which, although Jewish, does not represent all Jews. Using the word ‘antisemitism’ enables them to say that since anti-Israelism is thus not a prejudice against all Jews, the word is being used as a form of intellectual intimidation to close down legitimate criticism of Israel. This is why the word ‘antisemitism’ is very unhelpful in this context.

But the fact is that there is indeed an otherwise inexplicable malice in the animus against Israel and that it does indeed single out Jews — but as a people rather than as people. It is in fact but the latest stage in the linear progression of Jew-hatred down the centuries, from theology to race and now to nation. And it is clear that it is the same thing, from key elements of continuity between Jew-hatred today and in the past far more fundamental than the tactic of the boycott. It’s the singling out that is crucial, the fact that Jews are treated differently from the way any other group is treated. It is a prejudice against Jewish peoplehood, denying to the Jews the right to self-determination and to defend their nation that is granted to other peoples and instead singling it out uniquely for a campaign of delegitimisation based on lies. The article finally makes at least part of this point in this paragraph, in which it observes, correctly, that the boycott is predicated on the defamation of the Jews:

The Jewish State, in pursuance of its racist ideology, is perceived as pure aggressor, and the Palestinians are perceived as pure victims. The PACBI boycotters and their UCU fellow travellers would deny to Jews the rights that they upholds for other, comparable peoples. They adhere to the principle of national self-determination, except in the Jews’ case. They affirm international law, except in Israel’s case. They are outraged by the Jewish nature of the State of Israel, but are untroubled (say) by the Islamic nature of Iran or of Saudi Arabia. They regard Zionism as uniquely pernicious, rather than as merely another nationalism (just as earlier generations of anti-Semites regarded Jewish capitalists as uniquely pernicious, rather than merely as members of the capitalist class). They are indifferent to Jewish suffering, while being sensitive to the suffering of non-Jews. They dismiss anti-Semitism as a phantasm exploited by Jews to pursue their own goals. They overstate, on every occasion, and beyond reason, any case that could be made against Israel’s actions or policies, and wildly overstates the significance of the Israel/Palestinian conflict in world affairs – indeed, they put Jews at the centre of world affairs. Many of these ‘anti-Zionists’ are either anti-Semites or fellow travellers with anti-Semitism; longstanding anti-Semites now embrace ‘anti-Zionism’ as a cover for their Jew-hatred. This is because, in relation to Israel, the anti-Semite finds a protected voice. The desire to destroy Jews has been reconfigured as the desire to destroy or dismantle the Jewish State.

The point about Jew-hatred is this. It is not merely a prejudice like any other prejudice, in which nasty characteristics are ascribed to a particular group and as a result people treat its members badly. Jew-hatred has certain unique features, which revolve around singling out the Jews for treatment afforded to no other group: scapegoating them for the misdeeds of others, holding them to standards which are applied to no others, systematically telling lies about them which are told about no others, displaying an obsession with them to the exclusion of all others, and irrationally holding them to be responsible for all the ills of the world — whether this be the fall of Man from God’s grace, outbreaks of bubonic plague or the rise of Islamic terrorism.

All these characteristics are on display in the demonisation and delegitimisation of Israel by the boycotts and the rest of the obsessional campaign against it. That is why it is indeed the latest manifestation of Jew-hatred.


Article posted from Melanie Phillips’s Diary by permission:

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